terça-feira, 12 de abril de 2011

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Vejo o relógio, esta na hora. O tempo mudou repentinamente, nublado de tal maneira que parecia escurecer, logo pensei nele. Procurei um agasalho que o aquecesse, que provavelmente ele estaria com fome, então, levei comigo uma mamadeira bem quentinha. Ao sair de minha casa começou a chover forte e lá estava eu, com dois enormes guarda-chuvas para que ninguém se molhasse. Faço o mesmo trajeto de muitas mulheres a buscar suas maiores felicidades e sabem que daquela hora em diante uma profissão termina e outra começa, a de mãe.
            Cheguei a tempo, estacionei como sempre na vaga de deficientes, porque é um verdadeiro stress conseguir estacionar mais próximo possível da escola e é um tormento atravessar a rua com um monte de coisas mais duas crianças.  Peguei a mais velha que estava tão entusiasmada com a aula, se admirou que já havia terminado, veio muito feliz ao meu encontro, dei-lhe um beijo carinho e sempre a elogio, porque cada dia, cada momento que a vejo, ela parece estar mais linda.  
            Juntas, descemos as escadas, ele nos aguardava na porta e ao ver-me surge uma alegria sem tamanho e mesmo que meu dia não tenha sido muito legal, todos os pensamentos de trabalho e vida cessam ali e a sua alegria me contagia. Faço em um simples gesto que o quero em meus braços e ele vem disparado. Um momento rotineiro da minha vida. Mas que definitivamente não abro mão.
Paty Magu

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