quarta-feira, 30 de março de 2011

A Felicidade


Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar
A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor
A felicidade é uma coisa boa
E tão delicada também
Tem flores e amores
De todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo de bom ela tem
E é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato dela sempre muito bem
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite, passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre com o dia
Oferecendo beijos de amor

Composição : Vinicius de Moraes / Antonio Carlos Jobim

terça-feira, 22 de março de 2011

METADE




Que a morte de tudo em que acredito
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe

Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo

Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora

Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso
mas a outra metade é um vulcão.


Que o medo da solidão se afaste,
e que o convívio comigo mesmo se torne
ao menos suportável.


Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso

Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria

Para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta

Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer
Porque metade de mim é plateia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada

Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.




 

segunda-feira, 21 de março de 2011

CANÇÃO DE OUTONO

Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.

De que serviu tecer flores
pelas areias do chão,
se havia gente dormindo
sobre o própro coração?

E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão
velando e rogando áqueles
que não se levantarão...

Tu és a folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
Certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão...

domingo, 20 de março de 2011

Tsunami - Japão

Nunca havia assistido quase que em tempo real através dos meios de comunicação uma lama gigantesca formada pela água do mar levando tudo a sua frente, casas, carros, barcos e vidas. Um dos reatores de uma usina nuclear explodindo ao vivo. Acho que é a primeira vez em que se vê imagens tão impactantes, a vista visto, antes, somente depois de já acontecido os desastres ou em outros casos da história que se deu continuidade a vida até mesmo para o povo Japonês que já passou por tantos.
            Fiquei tão estarrecida que não conseguia largar o computador ou tirar do canal de notícias para saber mais sobre o Tsunami que destruiu todo o leste do Japão. Mesmo sabendo que no Japão tem todo um preparo no caso de ocorrer terremoto, mas não dessa tamanha magnitude.
            E em nenhum outro lugar no mundo poderia ter acontecido algo tão assolador em que a população ainda assim trataria com tanta “normalidade”. Um outro fato que achei de muita importância foi à educação desse povo quando o repórter relata, que, passados mais de cinco dias da tragédia não se vê saqueadores nas lojas e existe uma certa calma entre as longas filas para abastecer os carros ou comprar água e a incrível reação da não-lamentação do ocorrido.
            Aqui e em qualquer lugar, imagino eu, não se fala em outra coisa. Uma senhora, outro dia, fez um comentário que fiquei um pouco espantada. Sua avó dizia que nos fins dos tempos terá o dinheiro, mas não terá a comida para comprar. Não tenho interesse aqui em fazer nenhuma apologia do que aconteceu. Desastres infelizmente acontecem todo o tempo, porem com tantos filmes, Hollywoodianos, relacionados e desastres em larga escala, confesso que parei um pouco para pensar de como seria realmente o fim dos tempos.
            E pensar que se um suspiro de massa contida de fogo é capaz de provocar tamanha agitação na terra e no mar, imaginem se o núcleo da terra resolvesse dar o ar da graça? Mas “tudo passa pela simples razão de que a vida quer continuar vivendo”. E viverá! Tão forte quanto um Tsunami e tão expansiva quanto uma radiação nuclear e não importa com quantos desastres todos nos tenhamos de lidar porque o ser humano nas suas profundezas do coração tem força, que pode não conhecer, para lidar e suportar com todos os terremotos que nos tira o chão ainda que jamais tenhamos pisado em placas tectônicas.

Mulheres Afegãs

Estou lendo o Livro: A cidade do Sol, muito bom. E fiquei interessada em saber mais sobre o Pais Afeganistão e suas mulheres. Ainda estou espantada com as imagens que vi e com o que li ao fazer a pesquisa na Net.
             A matéria postada abaixo vale a pena ler, pois não temos idéia do que é realmente uma vida triste, pobre, sofrida, sem escolhas, cobertas pela ignorância dos homens e sua religião, a vida de uma mulher que nasce no Afeganistão.
            E pensar que todos os dias se vêem mulheres tristes ou deprimidas nessa outra realidade que é o resto do mundo. “Cada um carrega a sua cruz e cada cruz tem o seu peso” deve-se reconhecer isso, assim como também reconheçamos que existem muitas mulheres que não moram no Afeganistão e sofrem igualmente. Lutar por nossos direitos não é uma tarefa fácil. Vivemos no século XXI, mas ainda encontramos muitos lugares e pessoas que seguem suas vidas em séculos anteriores. 8 de março de todo ano celebramos o Dia Internacional da mulher e devemos sim comemorar este dia. 
            O que quero dizer na verdade é que muitas vezes reclamamos de coisas tão banais da vida ou nos preocupamos com coisas tão fúteis e não paramos para pensar que, a cada segundo, tem uma mulher sofrendo sem direito ou defesa alguma.


Afeganistão - Um inferno para as mulheres

            Nascer no Afeganistão não é um bom começo de vida para ninguém. No país que é um dos cinco mais pobres do mundo e o segundo mais corrupto, 70% da população sofre de desnutrição e a expectativa de vida é de 43 anos.
            Sete em cada dez mulheres ainda usam burca e mais da metade se casa com homens escolhidos pela família antes dos 16 anos de idade.
O país foi apontado, no último relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), como o lugar mais perigoso do mundo para gerar uma criança. Mas pior do que vir à luz é nascer mulher no Afeganistão.
            Nas ruas, a maioria ainda usa a burca. Embora as escolas para mulheres não sejam mais proibidas, as estudantes representam uma porcentagem ínfima da população feminina. Sob o totalitarismo medieval do Talibã, as mulheres que saíam às ruas desacompanhadas do marido ou de um parente do sexo masculino eram castigadas a chibatadas. Hoje, a proibição não existe mais, mas as afegãs continuam ausentes da paisagem. Para elas, qualquer lugar onde haja aglomeração masculina é considerado impróprio, o que inclui mercados, feiras, cinemas e parques. Poucas se arriscam a desafiar as proibições sociais. A aplicação de castigos físicos a mulheres de "mau comportamento" continua a ser vista como um dever e um direito da família.
            Uma pesquisa feita em 2008 com 4 700 afegãs mostrou que 87% já tinham sido vítimas de espancamentos ou abusos sexuais e psicológicos – em 82% dos casos, infligidos por parentes. O Afeganistão livrou-se do jugo do Talibã, mas não conseguiu varrer o obscurantismo religioso que ele ajudou a disseminar. A interpretação radical e misógina dos princípios do Islã é a principal causa da tragédia das mulheres afegãs.
A prática da autoimolação é um dos sinais mais cruéis de sua magnitude. Entre 2008 e 2009, ao menos oitenta afegãs tentaram o suicídio ateando fogo ao corpo.
Rahime, de 25 anos, foi uma das mulheres Afegãs que ateou fogo ao corpo jogando querosene sobre a cabeça. Dada em casamento aos 10 anos de idade. Para atear fogo em si próprias, as mulheres costumam recorrer a óleo de cozinha ou ao querosene usado para acender lampiões. Apenas 6% das casas na zona rural do país têm eletricidade. A maior parte das mulheres que tentam imolar-se não morre na hora, mas depois de alguns dias, vítima de falência de múltiplos órgãos resultante da perda de água. "Algumas mulheres demoram para contar a história inteira, que muitas vezes inclui estupros e espancamentos sistemáticos. Outras nem são capazes de explicar por que fizeram aquilo. Apenas dizem que não querem mais viver."
            O Talibã, durante os cinco anos em que esteve no poder, proibiu-as de trabalhar e de estudar. Instituiu a pena de apedrejamento para adúlteras e baniu qualquer tipo de entretenimento, incluindo cinema, televisão e até a brincadeira de empinar pipas, tradicional no país. A música também foi vetada, e quem fosse achado com uma fita cassete no carro era preso.
            No mercado, a freqüência é predominantemente masculina. É costume no país os homens fazerem as compras domésticas, orientados pelas mulheres, cujo lugar, supõem, é dentro de casa. Os shoppings estão entre os poucos lugares que as afegãs podem freqüentar. Nos demais, onde há aglomeração masculina, existem restrições.
A Capital é rodeada por montanhas, Cabul tem vias sem faixas, poucas calçadas e menos mulheres ainda nas ruas.
O MUNDO ATRÁS DA TELA
            O visor da burca impede a visão lateral e torna difícil enxergar os pés
A primeira constatação é que ela permite enxergar melhor do que se imagina. À luz do dia, os olhos aprendem rapidamente a ignorar a interferência da trama quadriculada que serve de visor da roupa. Ao menos quando se olha para a frente, dá para ver tudo com clareza. Já a visão lateral desaparece de dentro de uma burca. Olhar para os lados requer virar completamente a cabeça, e o primeiro tropeção ensina que enxergar os pés – assim como os muitos buracos que surgem diante deles nas ruas sem calçada e sem asfalto de Cabul – é outra tarefa complicada para uma mulher nessa situação. É por isso que quase todas caminham com uma das mãos sobre o peito, pressionando o tecido contra o corpo. Só assim conseguem ver um pouco melhor onde pisam. A sensação ao usar a roupa é a de estar dentro de uma barraca de camping, de onde se pode espreitar o mundo sem ser visto, já que ninguém presta atenção numa mulher de burca – você é só mais um ponto azul movimentando-se na paisagem.
            As burcas protegem contra as moscas que sobrevoam os muitos esgotos a céu aberto
de Cabul. Embora só as mãos fiquem visíveis, quem quiser perscrutar quem está sob uma burca pode começar prestando atenção na cor do tecido. Quanto mais claro o tom de azul (sempre azul, já que a ideia é não ser original), mais jovem é a mulher que está debaixo dela.
            Conforme o dia escurece, a visão vai piorando. A quantidade de tropeções aumenta e a sensação de claustrofobia começa a dar comichão nas mãos. Puxo finalmente o véu e descubro o rosto. Burcas podem proteger contra a poeira, a gripe A e o "bad hair day", mas tirá-las – e sentir a lufada de ar fresco que adentra os pulmões – é a melhor parte da experiência de vesti-las.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Inebriante como o vinho...

Inebriam-me os beijos de tua boca,
qual o vinho numa noite enluarada,
embriaga-me teu cheirar de rosas,
teu perfume que me encontra pela estrada.
No espaço entre esse cheiro e o teu beijo, não existe pensamento,
não há nada.
Só meu corpo que te busca loucamente, com a mente totalmente, enamorada!!

Me encontro, nesse encontro de desejos,
nessa noite enluarada, toda nua,
me entrego, nessa entrega sem segredos,
como a estrada, apaixonada pela lua...
Revelada a paixão sem culpa ou medo,
embriagada, inebriada... assim flutua!!

Dete Reis

Estava assistindo o Filme UM BOM ANO, quando li sua Sinopse e me deparei com a palavra Inebriar e fiquei encantada. Procurei um poema na Net que tivesse esta relação com o filme. E achei este o melhor. Adoro Vinho Tinto Suave, sempre tenho em casa para combinar com minhas receitas que preparo.
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Esta foi minha primeira postagem. Lendo a sinopse e logicamente assistindo o filme UM BOM ANO que fiquei imediatamente encantada com a palavra inebriar, que até então era desconhecida para mim. Como havia decidido fazer um blog e tinha de escolher um nome. Logo, veio a minha cabeça esta linda palavrinha. E 1982 lembra época, época que lembra vinho, vinho que lembra idade, idade que lembra a minha idade.

Escondidinho de Bacalhau



Ingredientes:

- 600g de peixe tipo Bacalhau Saithe, Ling ou Zarbo, dessalgado e desfiado
- 2 cebolas medias picadas
- 4 dentes de alho
- 4 colheres (sopa) de azeite de oliva
- ½ xícara (chá) de extrato de tomate
- 1 molho de salsa picada
- 200g de farinha de rosca
- 200g de queijo meia-cura ralado
- Sal a gosto

Ingredientes do purê:

- 1 ½ kg de mandioca
- 2 colheres (sopa) de manteiga
- 250ml de leite de coco
- 600ml de leite
- Sal a gosto

Modo de preparo:

Purê

Espremer a mandioca já cozida. Voltar ao fogo misturando com a manteiga, o leite de coco, o leite e o sal. Reservar.

Bacalhau

Dourar a cebola e o alho no azeite e refogar o bacalhau. Misturar o extrato de tomate e a salsa. Refogar por 10 minutos em fogo baixo

Montagem do prato

Untar um refratário com manteiga e cobrir com a metade do purê. Rechear com o bacalhau e espalhar por cima o restante do purê. Cobrir com uma mistura da farinha de rosca com o queijo ralado.

Levar ao forno médio para gratinar por 30 minutos ou até dourar

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Queria fazer algo diferente com Bacalhau hoje e achei esta receita na Internet. Ficou uma delícia. Agradeço minha querida secretária que preparou esta receita com o maior carinho. É muito bom chegar em casa e saber que vamos ter um almoço delicioso.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Passos para começar a ler


É sempre bom começar a ler do início ao fim.  Se você não lê um romance dessa forma, não será muito satisfatório, já que um princípio básico da ficção é manter o leitor em suspense. Ainda leremos muito: livros, manuais, histórias, estudos acadêmicos, e assim por diante. O objetivo da leitura é sempre o conhecimento.  
Aqui estão algumas estratégias que ajuda a fazer isso de forma eficaz.
1) ler o livro inteiro.

É muito mais importante ter uma compreensão geral para entender cada detalhe. Você provavelmente não lembrara detalhadamente depois que ler, não importa quão cuidadosamente você lê, lembrara de forma resumida os detalhes.

2) decidir quanto tempo você vai gastar.

Se você souber de antemão que você tem apenas seis horas para ler ou uma semana, vai ser mais fácil entrar no ritmo. Lembre-se, você vai ler o livro inteiro.

Não há nada errado com a fixação de um limite de tempo para si mesmo. Na verdade, estabelecendo prazos e mantendo a eles (ao realizar seus objetivos) é uma das habilidades mais importantes que você pode aprender.

Uma pessoa que já tem estas habilidades tem capacidade de ler um livro de 300 páginas em seis a oito horas.  Naturalmente, quanto mais tempo você gasta, mais você vai aprender e melhor você entendera o livro. Mas seu tempo é limitado. Quanto mais você lida diretamente com seus limites, o melhor para você.

3) ter uma estratégia.

Antes de começar, descobrir por que você está lendo este livro em particular, e como você está indo para lê-lo. Se você não tem motivos – a leitura não vai lhe agradar.

Assim que você começar a ler, começa a tentar descobrir quatro coisas:

Quem é o autor?

Quais são os argumentos do livro?

Qual é a evidência que suporta esses?

Quais são as conclusões do livro?

Duas boas maneiras de pensar sobre isso são:

a) Imagine que você está lendo para rever o livro para uma revista.

b) Imagine que você está terá uma conversa ou um debate formal, com o autor.

4) Leia atentamente.

Um ambiente tranqüilo irá proporcionar uma boa leitura.

5) Lista de peças com maior conteúdo de informações primeiro.

Os livros de não-ficção, normalmente têm uma "ampulheta" estrutura. Mais informações em geral (resumos, conclusões, etc) é apresentado no começo e no fim de:

_o livro como um (conclusão introdução), todo
_capítulo
_seção de um capítulo


Conteúdo foi extraído da Internet

terça-feira, 1 de março de 2011

Vinhos e suas Combinações

Pratos e Vinhos.
Os vinhos são servidos durante a refeição e devem acompanhar com propriedade cada prato de uma refeição completa. Alguém já disse que são uma espécie de molho à parte; o vinho adequado valoriza o sabor da comida. Para alcançar esta combinação, os vinhos variam de acordo com o cardápio servido. A inadequação, ao contrário, tanto tira o sabor da comida como também faz o próprio vinho parecer inútil e fora do contexto, e pode, inclusive, produzir náuseas (vinho doce com comida salgada). A combinação de paladar e de propriedades digestivas é, basicamente, que os vinhos tintos combinam com massas e carnes vermelhas, e o branco com peixes, frutos do mar e doces.

Além da combinação, é necessário respeitar também a sucessão dos vinhos: ela é tão importante quanto a combinação destes com o tipo de prato que acompanham. A regra geral é: vinhos brancos, que são mais fracos ou delicados, são servidos (e trazem consigo o prato da combinação) antes dos tintos, que são mais fortes; e na mesma categoria, brancos ou tintos, primeiro os vinhos de menor valor.

Exemplos de sucessão e de combinações que são geralmente aceitas:

1. Os vinhos mais fracos (menos alcoólicos) e de sabor mais delicado (menos rascantes ou ácidos) são servidos antes dos mais fortes e densos (encorpados).

2. Entre vinhos brancos, tintos, secos e suaves, que acompanham uma refeição completa, servem-se primeiro os secos brancos, seguidos dos secos tintos e por último os suaves e doces, brancos ou tintos.

3. Quando uma variedade de vinhos estrangeiros é servida em uma refeição, desde que sejam observadas as regras de combinação e sucessão, não existe ordem com respeito a características de nacionalidade. No entanto, se a idéia for servir um vinho nacional e outro importado, é preferível que o nacional seja o branco, e o importado, - pelo fato de se supor que é tão bom que não foi encontrado nenhum nacional que o substituísse -, seja o tinto, pois é regra antiga, como dito acima, que, quanto à sucessão, se serve primeiro os piores vinhos e depois os melhores.

4. O Champagne pode ser servido com todos os pratos da refeição: o chamapagne seco tanto como aperitivo como para acompanhar o primeiro prato e o prato principal, e o champagne meio seco (demi-sec) para a sobremesa.

5. Vinhos rosados podem acompanhar tanto os pratos que pedem vinho branco quanto os que pedem vinho tinto, na suposição de que o vinho rosado escolhido representa uma mescla das propriedades dos dois vinhos. Como tal fusão de propriedades é na realidade difícil de acontecer, na verdade apenas quanto ao aspecto visual ficarão neutralizadas as regras de combinação e sucessão. Isto não é admissível em uma recepção, almoço ou jantar formais.

6. O vinho branco seco é normalmente servido com peixes e ostras, e com as carnes brancas em geral, como carne de vitela, porco e frango. Carnes brancas que sejam produto de caça, no entanto, pedem vinho tinto.

7. O vinho tinto seco é normalmente servido com carnes vermelhas (carne de gado) e com carnes brancas de animais de caça (marreco, lebre, etc.).

8. Os vinhos doces (preferencialmente os meio-doce ou demi-sec, após a parte salgada da refeição completa) acompanham a sobremesa.

9. O vinho do Porto vai bem tanto com a sobremesa quanto com o prato de queijos, que intermedia entre os pratos salgados e a sobremesa.

Créditos à: Gabriel Zingo