sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Anjo

"Um homem só encontra a mulher ideal quando olhar no seu rosto e ver um anjo e, tendo-a nos braços, ter as tentações que só os demônios provocam..."
Pablo Neruda

SE NÃO ME QUERES AMAR



Se não me queres amar,
ama-me assim mesmo,
porque de amor eu vivo,
mesmo em tua ausência.

Se não te quero amar,
amo-te assim mesmo,
porque de amor vives,
mesmo quando me ausento.

11/10/2010 - 2h16
In “Intemperanças”, inédito Thereza Rocque da Motta

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Loucos e Santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Cogumelo

Pra quem gasta de ótimas receitas ou saber as riquesas de um dos melhores ingrediente para se usar na  culinária. Visitem

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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O saber não pesa na cabeça nem ocupa lugar


Muito contente com as mudanças que estão ocorrendo na minha vida. Principalmente a leitura que me fez abrir os olhos para inúmeras coisas. Nem acredito, mas já estou no 17º livro, só este ano. E a cada poema que escrevo vou adquirindo um saber incalculável.  


Uma verdadeira correria. Mas estou adorando o curso. Logo a data chega e vamos ver se faço uma segunda faculdade...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

domingo, 16 de outubro de 2011

Falso



Repousei pedaços de coração em tua bebida
Respiro  as regras  que  me deixam  vencida
Afogo-te, amor, com  a minha  alma perdida
Reviro podres cóleras que secam as mordidas
Sob lamentações vem clareando velas servidas
Peço-te em falsete que  me tenhas em batidas
Enveneno seus lábios em gotas das iras traídas
Levitarás de dor sobre pedras de calcário polidas
Vidas amargas que sofrem e calam sem medida. (Paty Magu)

Monólogo de Agosto

 
Vejo na face de algumas pessoas a confusão do que ouviram e nem sabem o que dizem por que já esqueceram o que Sócrates e as suas três peneiras diziam. Ninguém ouviu ninguém dizer: eu vi. Apenas concordam que ouviram dizer. O anônimo torna-se o coadjuvante da história e pobre daquele que for o protagonista. Devo me entregar a toda essa ignorância? Não.

Enquanto escrevo vou fingir que meu cotidiano esta normal. Um novo capítulo começa sem mudar nada de como era o capitulo anterior. Lá fora esta um verdadeiro caos, mas não preciso que me entendam, vou selar minha boca para não ouvir mais nada. Interpretem minha vida como quiser.

Sinto-me coagida com toda a situação, ainda mais por estar sozinha num território que não é meu. Vou sorrir com um certo constrangimento para sentir a calma ainda que vazia e sem alegrias. Estou carente como uma criança que se desespera ao achar que esta sozinha e choro com facilidade.

Tenho prazer em ser mulher, mulher feminina, mulher que quer amar e ser amada. Mesmo que nada de tudo tenha me assustado até que se complete a metamorfose que procurei, mesmo que eu morra sozinha não mentirei e nem direi a verdade mais a ninguém. Talvez enfim eu esteja me descobrindo, tudo era vazio e vazio ainda esta.

Jamais imaginei o peso de uma reputação, muitos olhos vigiam a minha vida e tomo consciência disso. Ah, impossível saber como será e talvez meu novo modo não faça sentido, posso continuar perdida com as minhas verdades incompreensíveis. Mas tentei!

Desordenei as coisas porque perdi o que não precisava, mas perdi alguma coisa que me era essencial, uma bússola bem pequena do tamanho da palma da minha mão ou do tamanho do meu coração que agora esta desprotegido.

Serei covarde, porque não tenho coragem e meu tripé parece instável, por isso eu sonho antes de adormecer e procuro escolher o que quero sonhar, sonhar com aquilo que não posso ter, sonambulando pelas noites com meus pensamentos desnorteados.

Preciso caber no sistema, caminhar com minhas próprias pernas e devo ser o oposto da minha serenidade com doces ironias dos que dizem ter a alma formada, uma alma perfeita, sem erros, uma alma que é isenta de paixão. Forcei-me a lembrar que eu tinha a responsabilidade de saber disso. E no momento em que tive nas mãos o verdadeiro peso, eu tive medo.

Esse esforço em escrever facilita um pouco, nunca saberei entender, mas há de haver quem um dia entenda. Até este dia chegar eu vou ficando com a pele opaca e cada dia me sentindo mais e mais envelhecida. Mas aliviava por ter seguido a honestidade, porque acredito na felicidade e acredito que vivemos fases para conhecermos um outro mundo, uma outra maneira de pensar e talvez mudar sem o medo de simplesmente existir.
 
Paty Magu

Hipocrisia


Sociedade de falsos moralistas
Surdos da verdade, cegos machistas
Hipócritas pobres em seus amores
Peçonhentos desocupados malfeitores
Ricos na inveja sem nada a justificar
Canalhas que adoram imoralizar
 
Paty Magu

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Questionar o amor

O Ser Humano necessita da companhia de uma outra pessoa. Precisa compartilhar o amor que sente e o amor que deseja ter por alguém. Muitas das nossas fases vividas estamos sempre a depender do afeto de alguém. Na infância, de nossos pais e irmãos, e na vida adulta de um companheiro. Alguém que nos compreenda que nos faça feliz, que seja como uma espécie de sintonia, com atração. Compartilhar das coisas para, sim, darmos razão a nossa própria existência física e emocional. Mas o amor tem durabilidade? Talvez!

Idealizamos e planejamos nossa vida no decorrer de cada estágio que seguimos. Estudar, fazer carreira, casar, ter filhos... E no momento em que entramos em cada novo estágio exigimos de nós mesmos conquistar aquilo que esta no programa. Mas depois de algum tempo, depois de alguns anos podemos nós nos questionar de nossas ações, cada uma delas, até chegarmos a questionar o amor, sobre o amor. A felicidade esta intimamente ligada à afeição a alguém e quando não estamos com este sentimento completo começamos a questionar a amor novamente e novamente.

Sim, conhecemos o amor em diversas formas: a amor a um filho é um tipo, o amor a um Pai é outro e o amor a um companheiro(a) é diferente de tudo. A Paz interior que buscamos esta, diretamente ligada, em termos alguém. Mas como saber se aquele(a) é o verdadeiro amor? E será que existe amor falso? Ou quando achamos estar amando, não é amor, é apenas o fato de termos encontrado alguém que se enquadra com o nosso perfil ou com nossas necessidades?

Guimarães Rosa disse em uma de suas frases: o amor tem muitas maneiras de parecer que morreu. Muitos poetas escrevem sobre o amor, que depois que encontramos o amor estamos traçados amar eternamente. Mas, o sentimento do amor desgasta?  Ou estamos acondicionados num ritmo de vida que esquecemos do romantismo?

Este sentimento apaixonado por uma pessoa, esta afeição viva pode se transformar a cada fase da vida que passamos, a cada nova etapa que enfrentamos, ou o simples fato de descobrirmos o verdadeiro sentimento de amar. Conviver simplesmente não é o bastante, é preciso conhecer a si mesmo, viver e vivenciar os acontecimentos a cada aniversário.

Cada relacionamento que tivemos, cada um deles, teve uma certa intensidade e o mais forte, aquele que achávamos estar pronto, aquele que achávamos que estávamos sendo correspondido, demos início a uma vida a dois, compartilhar. Será este ser o amor eterno? Desvendar, com as nossas limitadas capacidades, para saber como é o amor antes mesmo de nos envolvermos num compromisso que, muitas vezes, pode parecer não ter volta. Caberia a nós termos mais paciência e esperarmos amadurecermos antes de acreditar no sentimento afetivo e real por alguém? Difícil, não é mesmo? Somos inexperientes, imaturos e temos mais um turbilhão de coisas para pensarmos do que ficarmos analisando o amor.

E qual seria a idade certa para sabermos e sentirmos que estamos prontos? A grande questão é que nunca saberemos o que é o amor, pois quanto mais avançamos, mais vamos mudando nossas opiniões com relação a muitas coisas. O conhecer, o descobrir, o querer seguir em frente sem estacionarmos faz com que nós, humanos imperfeitos, desejamos sempre o querer e isso pode fazer uma enorme diferença no dia-a-dia de todos nós. Conhecer novos sabores, novas cores, lugares e pessoas, ou mudar o nosso próprio perfil no decorrer dos anos, certamente, estaremos vulneráveis a questionar mais e mais o assunto que não cala jamais, o amor.

Mas cada um de nós em um determinado momento da sua vida saberá que o que conheceu não foi amor, ou sim. E ao se deparar com isso, ao perceber que o amor pode estar no virar da esquina ou que ele sempre esteve tão próximo que não conseguiu sentir a amarga ausência do amar, cada um de nós saberá o que vai sentir, mesmo que seja em forma de lágrimas ou doces gargalhadas.

E ao questionarmos o amor não podemos esquecer de um outro sentimento avassalador, a paixão. Dois sentimentos bem distintos, mas que confundem demasiadamente o afetado. A paixão é temporária e aquele que desejar tê-la para sempre se perderá pelo caminho que escolher e o amor nunca conhecerá. Não podemos nos apegar a paixão, a paixão é a novidade, do querer compartilhar o amor, e quando isso acontece à paixão se transforma. Aquele que desejar sentir a paixão por toda a sua vida jamais terá conhecido o amor. O verdadeiro amor.

Mas cabe a nós também arriscarmos, sair da toca e ver se a fonte que avistamos ao longe terá o mais precioso sentimento, o amor, porque ser feliz é tudo que se quer, ser feliz é tudo que mais buscamos na vida. (Paty Magu)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Costela Assada com Batatas

Hum, de fácil preparo. Comidinha básica para ser preparada durante a semana. Só pra variar...rsrsr

Ingredientes:
  • 1 e 1/2 kg de costela bovina
  • 1 kg de batatas
  • 2 cebolas médias cortadas em gomos
  • 2 dentes de alho picados
  • 1/4 xícara (chá) de óleo
  • Cheiro-verde, sal e pimenta-do-reino a gosto
Preparo:

  1. Tempere a costela com sal, pimenta-do-reino e alho
  2. Em uma assadeira coloque a costela, a cebola, o óleo e cubra com papel alumínio
  3. Leve ao forno pré-aquecido por aproximadamente 50 minutos ou até a carne ficar macia
  4. Retire o papel, acrescente as batatas e deixe dourar, por cerca de 25 minutos
  5. Sirva a seguir.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Concavidade da Garrafa


Estavamos saboreando um vinho quando nos surgiu a dúvida do porquê de algumas garrafas de vinho terem concavidade no seu interior. Dei uma pesquisada básica no google. Eis a resposta.

Um fato curioso é a presença de concavidade no fundo de várias garrafas de vinho, anedotalmente associada à sua qualidade. Embora seja comum ouvir a informação de que quanto maior a concavidade, melhor o vinho, não há fontes confiáveis que confirmem essa relação e pode-se ver facilmente vinhos bons e caros com concavidade menor que alguns de qualidade inferior ou, mesmo, sem concavidade alguma. Não há uma explicação consensual para o real propósito da concavidade, apesar de haver algumas mais comuns, como:
  • É um remanescente histórico da era em que as garrafas eram feitas artesanalmente, sopradas através de um cano. Essa técnica deixava uma ponta na base da garrafa, fazendo com que fosse necessária a concavidade para que essa ponta não arranhasse a mesa ou deixasse a garrafa instável (sem equilíbrio).
  • Teria a função de deixar a garrafa mais estável, já que uma pequena imperfeição na mesa seria suficiente para desestabilizar uma garrafa de fundo plano.
  • Consolida os sedimentos em um anel espesso no fundo da garrafa, diminuindo a quantidade de resíduos despejada nas taças, ao ser servido o vinho.
  • Aumenta a resistência das garrafas, permitindo que armazenem vinhos ou champanhe com pressão mais elevada.
  • Mantém as garrafas fixas em pinos de esteiras condutoras nas linhas de produção onde as garrafas são preenchidas.
  • Acomoda os dedos, facilidando o serviço do vinho.
  • De acordo com a lenda, a concavidade era usada pelos servos. Eles frequentemente sabiam mais que seus mestres sobre o que se passava na cidade e, com o dedo colocado na concavidade, sinalizavam caso o convidado não fosse confiável.
  • Disponibiliza uma melhor pegada manual para a produção tradicional de vinho espumante.
  • Diminui o volume real da garrafa, dando a falsa impressão de que se está levando mais vinho que a quantidade real.
  • As tavernas possuíam um pino de aço verticalmente fixado no bar, onde as garrafas vazias teriam seus fundos perfurados de modo a garantir que não seriam cheias novamente.
  • A concavidade age como uma lente, refratando a luz e tornando a cor do vinho mais chamativa.
  • Diminui a chance de a garrafa ressonar durante o transporte.
  • Permite o empilhamento mais fácil das garrafas.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Fazia tempo que não te via
que eu não ecrevia
Que eu não lia
Fazia tempo que eu não sentia
Essa Alegria
A anestesia
Fazia tempo que eu não sorria
O mesmo tempo que eu não te via.

Paula Taitelbaum (Ménage à Trois)

domingo, 10 de julho de 2011

Aos poucos eu percebi,


Que se apaixonar é inevitável, e que as melhores provas de amor são as mais simples. Um dia percebemos que o comum não nos atrai, e que ser classificado como bonzinho não é bom. Um dia percebemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você. Um dia saberemos a importância da frase: "Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa". Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, e que não damos valor a isso! Que homem de verdade não é aquele que tem mil mulheres, mas aquele que consegue fazer uma única mulher feliz! Enfim... um dia descobrimos que apesar de viver quase um século, esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer tudo o que tem de ser dito. O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras!

Mário Quintana

PAIXÃO

Eça de Queiroz


"... tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo condizia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!

Ergueu-se de um salto, passou rapidamente um roupão, veio levantar os transparentes da janela... Que linda manhã! Era um daqueles dias do fim de agosto em que o estio faz uma pausa; há prematuramente, no calor e na luz, uma certa tranqüilidade outonal; o sol cai largo, resplandecente, mas pousa de leve; o ar não tem o embaciado canicular, e o azul muito alto reluz com uma nitidez lavada; respira-se mais livremente; e já se não vê na gente que passa o abatimento mole da calma enfraquecedora. Veio-lhe uma alegria: sentia-se ligeira, tinha dormido a noite de um sono são, contínuo, e todas as agitações, as impaciências dos dias passados pareciam ter-se dissipado naquele repouso. Foi-se ver ao espelho"

Eça de Queiroz, O Primo Basílio

quinta-feira, 23 de junho de 2011

As sem-razões do Amor


Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Carlos Drummond de Andrade

DEDUÇÃO



Não acabarão nunca com o amor,
nem as rusgas,
nem a distância.
Está provado,
pensado,
verificado.
Aqui levanto solene
minha estrofe de mil dedos
e faço o juramento:
Amo
firme,
fiel
e verdadeiramente.

Vladimir Maiakóvski

segunda-feira, 18 de abril de 2011

É PROIBIDO


É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual. Pablo Neruda

O Amor...


Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

William Shakespeare

E as vezes chorar é a única saída para aliviar a dor do amor.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Ariana


A mulher do signo de áries, gosta de ser admirada, internamente muito sensual, não o manifesta externamente.

Marte a faz impaciente, mandona, em graus que a pode tornar-se molesta.
Possui capacidades diretivas e pode levá-las a cabo com êxito; boa companheira, pode sentir grande admiração e amor por seu companheiro; necessita sentir-se acompanhada por um homem de mais brio e poder de mando que ela.

Áries é sonhador e romântico; no amor pode transbordar em sentimentos passionais. Graças ao fogo marciano, é intenso e pertinaz (uma vez aceso o fogo de Eros); porém, como chama de palha seca (a paixão), passa rápido e sem deixar rastro.

Seu companheiro não pode ser forte como ela, porque este criaria grandes conflitos, como no caso do autoritário Leão.

Tem um sentido de proteção muito desenvolvido para com seu par e lhe desagrada muito não cumprir tal fim.

Ainda que pareça incrível, pode sucumbir perante alguém mais forte do que ela, e este sim será um amor perduravel.

Seus sonhos

Com uma capacidade física surpreendente, está sempre procurando a liderança. Não se abate com as dificuldades da vida e enfrenta os problemas com energia. Porém, costuma ter atitudes precipitadas, impulsivas e um pouco agressivas. Seus sonhos mais característicos envolvem caçadas ou jogos. Também sonha com aventuras amorosas, onde liberta sua agressividade e suas emoções.

O comportamento

Primeiro signo do Zodíaco, Áries simboliza o começo de tudo. É o signo dos inícios, que projeta no tempo presente, com sua enorme pulsação de vida, a idéia ou o desejo. Áries simboliza o momento do nascimento e a luta pela vida. É lutando que se conquista algo e Áries gosta de uma boa briga, em que possa concentrar toda a sua fé e sua mente.

A força do instinto, que abre caminho entre as dificuldades, movida apenas pela vontade de se impor. Diante da ponderação, Áries dá de ombros: o que importa é o entusiasmo do combate por algo que precisa acontecer. Daí, o estouvamento, a impaciência, a afirmação de um desejo independente, que não obedece a regras e a recusa à classificação.

Apesar de extrovertido e um tanto precipitado, Áries é um pioneiro, um visionário que respeita o que sente. Em algum campo da vida, o Áries tem de se projetar, impor na vida o fogo que inspira sua vida, e para sentir que está vivo, é capaz de remar contra todas as correntes.
É por isso que este é um signo que poucas vezes se curva às vontades alheias, às considerações de adequação – isso pode se manifestar na firmeza de convicções e na independência de comportamento. A mentira o desconcerta e a hipocrisia o confunde. Um objetivo pelo qual lutar confere esperança e ânimo a este ser decidido que almeja o arrebatamento em todos os campos da vida.

Áries rege a cabeça e o cérebro. Neste, existe um centro de energia (chakra= círculo ou centro) relacionado com Áries, que é o do poder que vem da certeza de que se é alguém, de que a pessoa existe no mundo. É comum encontrar um Áries brigando anos a fio com ataques de enxaqueca ou dores de cabeça, quase sempre motivadas pela frustração de um desejo, ou porque teve de se forçar a andar no ritmo de outras pessoas – seja no trabalho ou em outro campo. As febres altas, as doenças agudas – tudo o que exige intervenção rápida e esquenta é do domínio de Áries.

Autora: Márcia Mattos



"O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar." (Carlos Drummond de Andrade)

terça-feira, 12 de abril de 2011

Buscar

Vejo o relógio, esta na hora. O tempo mudou repentinamente, nublado de tal maneira que parecia escurecer, logo pensei nele. Procurei um agasalho que o aquecesse, que provavelmente ele estaria com fome, então, levei comigo uma mamadeira bem quentinha. Ao sair de minha casa começou a chover forte e lá estava eu, com dois enormes guarda-chuvas para que ninguém se molhasse. Faço o mesmo trajeto de muitas mulheres a buscar suas maiores felicidades e sabem que daquela hora em diante uma profissão termina e outra começa, a de mãe.
            Cheguei a tempo, estacionei como sempre na vaga de deficientes, porque é um verdadeiro stress conseguir estacionar mais próximo possível da escola e é um tormento atravessar a rua com um monte de coisas mais duas crianças.  Peguei a mais velha que estava tão entusiasmada com a aula, se admirou que já havia terminado, veio muito feliz ao meu encontro, dei-lhe um beijo carinho e sempre a elogio, porque cada dia, cada momento que a vejo, ela parece estar mais linda.  
            Juntas, descemos as escadas, ele nos aguardava na porta e ao ver-me surge uma alegria sem tamanho e mesmo que meu dia não tenha sido muito legal, todos os pensamentos de trabalho e vida cessam ali e a sua alegria me contagia. Faço em um simples gesto que o quero em meus braços e ele vem disparado. Um momento rotineiro da minha vida. Mas que definitivamente não abro mão.
Paty Magu

Uma em Duas

Porque entre o sim e o não é só um sopro, entre o bom e o mau apenas um pensamento, entre a vida e a morte só um leve sacudir de panos _ e a poeira do tempo, com todo o tempo que eu perdi, tudo recobre, tudo apaga, tudo torna tão simples e tão diferente.

(Pag.100) O silêncio dos amantes - Lya Luft

sábado, 9 de abril de 2011

Luiz Gasparetto


Eu estou consciente e tenho o poder de pensar como eu quero. Tenho o direito de pensar no que eu quero para o meu próprio bem. Eu tenho e posso impor ao meu mundo interior tudo aquilo que eu quiser. E quero me sintonizar com o melhor. Esqueço, a partir de agora, a pessoa que eu fui, sobretudo meus vícios de pensamentos. Penso apenas na paz. Penso nela, permitindo que seu perfume toque minha aura e atinja todas as áreas da minha vida, todos os cantos do meu corpo. Penso na paz com uma mensagem de ordem e equilíbrio perfeito.

Deixo fluir na minha cabeça a consciência do 'eu posso'. Eu posso estar na paz. Impor essa paz é praticar o meu poder pessoal com responsabilidade divina, obtida por herança natural. O melhor para mim é um grande sorriso no peito. É a felicidade barata e fácil a que tenho direito. É tão simples pensar que o melhor está em mim! A beleza está em mim. A suavidade está em mim. A ternura, o calor, a lucidez e o esplendor das mais belas formas do universo estão em mim. Aí eu me abro inteira, viro do avesso e sinto que não há fronteiras nem barreiras para mim. Sinto que o limite é apenas uma impressão. Sinto que cada condição foi apenas a insistência de uma posição. Sinto que sou livre para deixar trocar qualquer posição por outra melhor. Sou livre para descartar qualquer pensamento ruim, qualquer sentimento ou hábito negativo, qualquer paixão dolorosa. Porque eu sou espírito. Sou luz da vida em forma de pessoa.

Ah, universo, eu estou aberta para o melhor para mim. Eu sei que muitas vezes sou levada por uma série de pensamentos ruins. Mas é porque eu não conhecia a força da perfeição. Eu não conhecia a lei do melhor. Agora eu me entrego, me comprometo comigo, com o universo e contigo. Vou manter a minha mente aberta. Esse momento me desperta, me traz a inspiração ao longo do dia onde se efetiva a luz que irradia para quem insiste no próprio aperfeiçoamento.

Não quero pensar nas minhas fraquezas. Quero olhar bem fundo nos meus olhos e ver como eu sou bonita, como fiz e faço coisas maravilhosas e como o meu peito está cheio de vontade. Eu assumo a responsabilidade sobre essas vontades e me projeto com força nessa identidade de saber que eu posso, sim, fazer o melhor. Despertar o meu espírito é viver nele. É ter a satisfação de ser eu mesma. É poder ser original, única, pequena e grande ao mesmo tempo. Sei agora que o melhor está a meu favor. Meu sucesso, aliás, é o sucesso de Deus que se manifesta em mim como pessoa em transformação. Eu sinto como se tivesse sentado nessa cadeira da solidez universal porque eu estou no meu melhor. Porque sou o sucesso da eternidade, porque estou há milhares de anos seguindo e não fui destruída. Porque o universo garante. Grito dentro de mim mesma: de todas as coisas da vida, o melhor ainda sou eu. O melhor sou eu!
Luiz Gasparetto

segunda-feira, 4 de abril de 2011

ESCREVER


Hoje escrevo para não me sentir sozinha, para dizer ao mundo que estou aqui, que tento seguir em frente apesar de ver tudo a andar para trás, que luto mesmo sabendo que por vezes lutar não é suficiente para mudar o nosso rumo...
Hoje escrevo para agradecer a todos os que foram importantes e aos poucos que ainda são importantes na minha vida, mas principalmente escrevo para aqueles que me magoaram e me desiludiram porque graças a eles hoje sou uma pessoa mais forte, mais corajosa, mais ponderada...
Hoje escrevo para exteriorizar o que me vai na alma, para mostrar que nao devemos ter medo de nada, nem mesmo da escuridão que por vezes nos consome por dentro...
Hoje escrevo para dizer a mim e a ti que lês estas minhas palavras e que te identificas com elas que somos diferentes, que somos genuinos e que por sermos assim cheios de nada e ao mesmo tempo de tudo, somos vencedores nesta vida, nesta etapa, neste teatro em que nao passamos de personagens a viver algo que já tinha sido destinado para nós!
Raquel E. C.

AGORA ACABOU

Você foi como um sonho repentino que veio sem aviso no momento em que eu mais precisava
Você veio como um anjo falando manso, dizendo palavras bonitas e precisas que sempre me encantavam
Mas tão rápido como veio, você me disse adeus e não disse mais nada
Pode ser fácil para você, mas para mim leva um tempo para esquecer
Eu sei que você não entende, mas é porque você tem medo de se entregar como eu me entreguei
Mas, tudo bem, a vida continua, aceito a sua amizade e dou-lhe inteiramente a minha
Só a partir de hoje você está oficialmente fora dos meus sonhos de amor
Das minhas expectativas de parceria e felicidade
E, apesar de tudo, da sua pressa, não esqueça que tenho sentimentos
Que leva um tempo para se esquecer os sonhos que se sonhou
Mesmo que sozinha, eu ainda nutria uma esperança escondida que nem eu mesma sabia que tinha...
Agora tenha paciência, que também sozinha
Vou esquecer de tudo o que eu queria para nós dois
E que você sozinho desperdiçou.

Germana Facundo

domingo, 3 de abril de 2011

Do livro "Bom dia amor!, 1990


Por favor, não me analise
Não fique procurando
cada ponto fraco meu
Se ninguém resiste a uma análise
profunda, quanto mais eu!
Ciumenta, exigente, insegura, carente
toda cheia de marcas que a vida deixou:
Veja em cada exigência
um grito de carência,
um pedido de amor!

Amor, amor é síntese,
uma integração de dados:
não há que tirar nem pôr.
Não me corte em fatias,
(ninguém abraça um pedaço),
me envolva todo em seus braços
E eu serei perfeita, amor!
Mirthes Mathias

quarta-feira, 30 de março de 2011

A Felicidade


Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar
A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor
A felicidade é uma coisa boa
E tão delicada também
Tem flores e amores
De todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo de bom ela tem
E é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato dela sempre muito bem
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite, passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre com o dia
Oferecendo beijos de amor

Composição : Vinicius de Moraes / Antonio Carlos Jobim

terça-feira, 22 de março de 2011

METADE




Que a morte de tudo em que acredito
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe

Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo

Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora

Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso
mas a outra metade é um vulcão.


Que o medo da solidão se afaste,
e que o convívio comigo mesmo se torne
ao menos suportável.


Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso

Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria

Para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta

Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer
Porque metade de mim é plateia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada

Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.




 

segunda-feira, 21 de março de 2011

CANÇÃO DE OUTONO

Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.

De que serviu tecer flores
pelas areias do chão,
se havia gente dormindo
sobre o própro coração?

E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão
velando e rogando áqueles
que não se levantarão...

Tu és a folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
Certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão...

domingo, 20 de março de 2011

Tsunami - Japão

Nunca havia assistido quase que em tempo real através dos meios de comunicação uma lama gigantesca formada pela água do mar levando tudo a sua frente, casas, carros, barcos e vidas. Um dos reatores de uma usina nuclear explodindo ao vivo. Acho que é a primeira vez em que se vê imagens tão impactantes, a vista visto, antes, somente depois de já acontecido os desastres ou em outros casos da história que se deu continuidade a vida até mesmo para o povo Japonês que já passou por tantos.
            Fiquei tão estarrecida que não conseguia largar o computador ou tirar do canal de notícias para saber mais sobre o Tsunami que destruiu todo o leste do Japão. Mesmo sabendo que no Japão tem todo um preparo no caso de ocorrer terremoto, mas não dessa tamanha magnitude.
            E em nenhum outro lugar no mundo poderia ter acontecido algo tão assolador em que a população ainda assim trataria com tanta “normalidade”. Um outro fato que achei de muita importância foi à educação desse povo quando o repórter relata, que, passados mais de cinco dias da tragédia não se vê saqueadores nas lojas e existe uma certa calma entre as longas filas para abastecer os carros ou comprar água e a incrível reação da não-lamentação do ocorrido.
            Aqui e em qualquer lugar, imagino eu, não se fala em outra coisa. Uma senhora, outro dia, fez um comentário que fiquei um pouco espantada. Sua avó dizia que nos fins dos tempos terá o dinheiro, mas não terá a comida para comprar. Não tenho interesse aqui em fazer nenhuma apologia do que aconteceu. Desastres infelizmente acontecem todo o tempo, porem com tantos filmes, Hollywoodianos, relacionados e desastres em larga escala, confesso que parei um pouco para pensar de como seria realmente o fim dos tempos.
            E pensar que se um suspiro de massa contida de fogo é capaz de provocar tamanha agitação na terra e no mar, imaginem se o núcleo da terra resolvesse dar o ar da graça? Mas “tudo passa pela simples razão de que a vida quer continuar vivendo”. E viverá! Tão forte quanto um Tsunami e tão expansiva quanto uma radiação nuclear e não importa com quantos desastres todos nos tenhamos de lidar porque o ser humano nas suas profundezas do coração tem força, que pode não conhecer, para lidar e suportar com todos os terremotos que nos tira o chão ainda que jamais tenhamos pisado em placas tectônicas.

Mulheres Afegãs

Estou lendo o Livro: A cidade do Sol, muito bom. E fiquei interessada em saber mais sobre o Pais Afeganistão e suas mulheres. Ainda estou espantada com as imagens que vi e com o que li ao fazer a pesquisa na Net.
             A matéria postada abaixo vale a pena ler, pois não temos idéia do que é realmente uma vida triste, pobre, sofrida, sem escolhas, cobertas pela ignorância dos homens e sua religião, a vida de uma mulher que nasce no Afeganistão.
            E pensar que todos os dias se vêem mulheres tristes ou deprimidas nessa outra realidade que é o resto do mundo. “Cada um carrega a sua cruz e cada cruz tem o seu peso” deve-se reconhecer isso, assim como também reconheçamos que existem muitas mulheres que não moram no Afeganistão e sofrem igualmente. Lutar por nossos direitos não é uma tarefa fácil. Vivemos no século XXI, mas ainda encontramos muitos lugares e pessoas que seguem suas vidas em séculos anteriores. 8 de março de todo ano celebramos o Dia Internacional da mulher e devemos sim comemorar este dia. 
            O que quero dizer na verdade é que muitas vezes reclamamos de coisas tão banais da vida ou nos preocupamos com coisas tão fúteis e não paramos para pensar que, a cada segundo, tem uma mulher sofrendo sem direito ou defesa alguma.


Afeganistão - Um inferno para as mulheres

            Nascer no Afeganistão não é um bom começo de vida para ninguém. No país que é um dos cinco mais pobres do mundo e o segundo mais corrupto, 70% da população sofre de desnutrição e a expectativa de vida é de 43 anos.
            Sete em cada dez mulheres ainda usam burca e mais da metade se casa com homens escolhidos pela família antes dos 16 anos de idade.
O país foi apontado, no último relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), como o lugar mais perigoso do mundo para gerar uma criança. Mas pior do que vir à luz é nascer mulher no Afeganistão.
            Nas ruas, a maioria ainda usa a burca. Embora as escolas para mulheres não sejam mais proibidas, as estudantes representam uma porcentagem ínfima da população feminina. Sob o totalitarismo medieval do Talibã, as mulheres que saíam às ruas desacompanhadas do marido ou de um parente do sexo masculino eram castigadas a chibatadas. Hoje, a proibição não existe mais, mas as afegãs continuam ausentes da paisagem. Para elas, qualquer lugar onde haja aglomeração masculina é considerado impróprio, o que inclui mercados, feiras, cinemas e parques. Poucas se arriscam a desafiar as proibições sociais. A aplicação de castigos físicos a mulheres de "mau comportamento" continua a ser vista como um dever e um direito da família.
            Uma pesquisa feita em 2008 com 4 700 afegãs mostrou que 87% já tinham sido vítimas de espancamentos ou abusos sexuais e psicológicos – em 82% dos casos, infligidos por parentes. O Afeganistão livrou-se do jugo do Talibã, mas não conseguiu varrer o obscurantismo religioso que ele ajudou a disseminar. A interpretação radical e misógina dos princípios do Islã é a principal causa da tragédia das mulheres afegãs.
A prática da autoimolação é um dos sinais mais cruéis de sua magnitude. Entre 2008 e 2009, ao menos oitenta afegãs tentaram o suicídio ateando fogo ao corpo.
Rahime, de 25 anos, foi uma das mulheres Afegãs que ateou fogo ao corpo jogando querosene sobre a cabeça. Dada em casamento aos 10 anos de idade. Para atear fogo em si próprias, as mulheres costumam recorrer a óleo de cozinha ou ao querosene usado para acender lampiões. Apenas 6% das casas na zona rural do país têm eletricidade. A maior parte das mulheres que tentam imolar-se não morre na hora, mas depois de alguns dias, vítima de falência de múltiplos órgãos resultante da perda de água. "Algumas mulheres demoram para contar a história inteira, que muitas vezes inclui estupros e espancamentos sistemáticos. Outras nem são capazes de explicar por que fizeram aquilo. Apenas dizem que não querem mais viver."
            O Talibã, durante os cinco anos em que esteve no poder, proibiu-as de trabalhar e de estudar. Instituiu a pena de apedrejamento para adúlteras e baniu qualquer tipo de entretenimento, incluindo cinema, televisão e até a brincadeira de empinar pipas, tradicional no país. A música também foi vetada, e quem fosse achado com uma fita cassete no carro era preso.
            No mercado, a freqüência é predominantemente masculina. É costume no país os homens fazerem as compras domésticas, orientados pelas mulheres, cujo lugar, supõem, é dentro de casa. Os shoppings estão entre os poucos lugares que as afegãs podem freqüentar. Nos demais, onde há aglomeração masculina, existem restrições.
A Capital é rodeada por montanhas, Cabul tem vias sem faixas, poucas calçadas e menos mulheres ainda nas ruas.
O MUNDO ATRÁS DA TELA
            O visor da burca impede a visão lateral e torna difícil enxergar os pés
A primeira constatação é que ela permite enxergar melhor do que se imagina. À luz do dia, os olhos aprendem rapidamente a ignorar a interferência da trama quadriculada que serve de visor da roupa. Ao menos quando se olha para a frente, dá para ver tudo com clareza. Já a visão lateral desaparece de dentro de uma burca. Olhar para os lados requer virar completamente a cabeça, e o primeiro tropeção ensina que enxergar os pés – assim como os muitos buracos que surgem diante deles nas ruas sem calçada e sem asfalto de Cabul – é outra tarefa complicada para uma mulher nessa situação. É por isso que quase todas caminham com uma das mãos sobre o peito, pressionando o tecido contra o corpo. Só assim conseguem ver um pouco melhor onde pisam. A sensação ao usar a roupa é a de estar dentro de uma barraca de camping, de onde se pode espreitar o mundo sem ser visto, já que ninguém presta atenção numa mulher de burca – você é só mais um ponto azul movimentando-se na paisagem.
            As burcas protegem contra as moscas que sobrevoam os muitos esgotos a céu aberto
de Cabul. Embora só as mãos fiquem visíveis, quem quiser perscrutar quem está sob uma burca pode começar prestando atenção na cor do tecido. Quanto mais claro o tom de azul (sempre azul, já que a ideia é não ser original), mais jovem é a mulher que está debaixo dela.
            Conforme o dia escurece, a visão vai piorando. A quantidade de tropeções aumenta e a sensação de claustrofobia começa a dar comichão nas mãos. Puxo finalmente o véu e descubro o rosto. Burcas podem proteger contra a poeira, a gripe A e o "bad hair day", mas tirá-las – e sentir a lufada de ar fresco que adentra os pulmões – é a melhor parte da experiência de vesti-las.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Inebriante como o vinho...

Inebriam-me os beijos de tua boca,
qual o vinho numa noite enluarada,
embriaga-me teu cheirar de rosas,
teu perfume que me encontra pela estrada.
No espaço entre esse cheiro e o teu beijo, não existe pensamento,
não há nada.
Só meu corpo que te busca loucamente, com a mente totalmente, enamorada!!

Me encontro, nesse encontro de desejos,
nessa noite enluarada, toda nua,
me entrego, nessa entrega sem segredos,
como a estrada, apaixonada pela lua...
Revelada a paixão sem culpa ou medo,
embriagada, inebriada... assim flutua!!

Dete Reis

Estava assistindo o Filme UM BOM ANO, quando li sua Sinopse e me deparei com a palavra Inebriar e fiquei encantada. Procurei um poema na Net que tivesse esta relação com o filme. E achei este o melhor. Adoro Vinho Tinto Suave, sempre tenho em casa para combinar com minhas receitas que preparo.
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Esta foi minha primeira postagem. Lendo a sinopse e logicamente assistindo o filme UM BOM ANO que fiquei imediatamente encantada com a palavra inebriar, que até então era desconhecida para mim. Como havia decidido fazer um blog e tinha de escolher um nome. Logo, veio a minha cabeça esta linda palavrinha. E 1982 lembra época, época que lembra vinho, vinho que lembra idade, idade que lembra a minha idade.

Escondidinho de Bacalhau



Ingredientes:

- 600g de peixe tipo Bacalhau Saithe, Ling ou Zarbo, dessalgado e desfiado
- 2 cebolas medias picadas
- 4 dentes de alho
- 4 colheres (sopa) de azeite de oliva
- ½ xícara (chá) de extrato de tomate
- 1 molho de salsa picada
- 200g de farinha de rosca
- 200g de queijo meia-cura ralado
- Sal a gosto

Ingredientes do purê:

- 1 ½ kg de mandioca
- 2 colheres (sopa) de manteiga
- 250ml de leite de coco
- 600ml de leite
- Sal a gosto

Modo de preparo:

Purê

Espremer a mandioca já cozida. Voltar ao fogo misturando com a manteiga, o leite de coco, o leite e o sal. Reservar.

Bacalhau

Dourar a cebola e o alho no azeite e refogar o bacalhau. Misturar o extrato de tomate e a salsa. Refogar por 10 minutos em fogo baixo

Montagem do prato

Untar um refratário com manteiga e cobrir com a metade do purê. Rechear com o bacalhau e espalhar por cima o restante do purê. Cobrir com uma mistura da farinha de rosca com o queijo ralado.

Levar ao forno médio para gratinar por 30 minutos ou até dourar

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Queria fazer algo diferente com Bacalhau hoje e achei esta receita na Internet. Ficou uma delícia. Agradeço minha querida secretária que preparou esta receita com o maior carinho. É muito bom chegar em casa e saber que vamos ter um almoço delicioso.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Passos para começar a ler


É sempre bom começar a ler do início ao fim.  Se você não lê um romance dessa forma, não será muito satisfatório, já que um princípio básico da ficção é manter o leitor em suspense. Ainda leremos muito: livros, manuais, histórias, estudos acadêmicos, e assim por diante. O objetivo da leitura é sempre o conhecimento.  
Aqui estão algumas estratégias que ajuda a fazer isso de forma eficaz.
1) ler o livro inteiro.

É muito mais importante ter uma compreensão geral para entender cada detalhe. Você provavelmente não lembrara detalhadamente depois que ler, não importa quão cuidadosamente você lê, lembrara de forma resumida os detalhes.

2) decidir quanto tempo você vai gastar.

Se você souber de antemão que você tem apenas seis horas para ler ou uma semana, vai ser mais fácil entrar no ritmo. Lembre-se, você vai ler o livro inteiro.

Não há nada errado com a fixação de um limite de tempo para si mesmo. Na verdade, estabelecendo prazos e mantendo a eles (ao realizar seus objetivos) é uma das habilidades mais importantes que você pode aprender.

Uma pessoa que já tem estas habilidades tem capacidade de ler um livro de 300 páginas em seis a oito horas.  Naturalmente, quanto mais tempo você gasta, mais você vai aprender e melhor você entendera o livro. Mas seu tempo é limitado. Quanto mais você lida diretamente com seus limites, o melhor para você.

3) ter uma estratégia.

Antes de começar, descobrir por que você está lendo este livro em particular, e como você está indo para lê-lo. Se você não tem motivos – a leitura não vai lhe agradar.

Assim que você começar a ler, começa a tentar descobrir quatro coisas:

Quem é o autor?

Quais são os argumentos do livro?

Qual é a evidência que suporta esses?

Quais são as conclusões do livro?

Duas boas maneiras de pensar sobre isso são:

a) Imagine que você está lendo para rever o livro para uma revista.

b) Imagine que você está terá uma conversa ou um debate formal, com o autor.

4) Leia atentamente.

Um ambiente tranqüilo irá proporcionar uma boa leitura.

5) Lista de peças com maior conteúdo de informações primeiro.

Os livros de não-ficção, normalmente têm uma "ampulheta" estrutura. Mais informações em geral (resumos, conclusões, etc) é apresentado no começo e no fim de:

_o livro como um (conclusão introdução), todo
_capítulo
_seção de um capítulo


Conteúdo foi extraído da Internet

terça-feira, 1 de março de 2011

Vinhos e suas Combinações

Pratos e Vinhos.
Os vinhos são servidos durante a refeição e devem acompanhar com propriedade cada prato de uma refeição completa. Alguém já disse que são uma espécie de molho à parte; o vinho adequado valoriza o sabor da comida. Para alcançar esta combinação, os vinhos variam de acordo com o cardápio servido. A inadequação, ao contrário, tanto tira o sabor da comida como também faz o próprio vinho parecer inútil e fora do contexto, e pode, inclusive, produzir náuseas (vinho doce com comida salgada). A combinação de paladar e de propriedades digestivas é, basicamente, que os vinhos tintos combinam com massas e carnes vermelhas, e o branco com peixes, frutos do mar e doces.

Além da combinação, é necessário respeitar também a sucessão dos vinhos: ela é tão importante quanto a combinação destes com o tipo de prato que acompanham. A regra geral é: vinhos brancos, que são mais fracos ou delicados, são servidos (e trazem consigo o prato da combinação) antes dos tintos, que são mais fortes; e na mesma categoria, brancos ou tintos, primeiro os vinhos de menor valor.

Exemplos de sucessão e de combinações que são geralmente aceitas:

1. Os vinhos mais fracos (menos alcoólicos) e de sabor mais delicado (menos rascantes ou ácidos) são servidos antes dos mais fortes e densos (encorpados).

2. Entre vinhos brancos, tintos, secos e suaves, que acompanham uma refeição completa, servem-se primeiro os secos brancos, seguidos dos secos tintos e por último os suaves e doces, brancos ou tintos.

3. Quando uma variedade de vinhos estrangeiros é servida em uma refeição, desde que sejam observadas as regras de combinação e sucessão, não existe ordem com respeito a características de nacionalidade. No entanto, se a idéia for servir um vinho nacional e outro importado, é preferível que o nacional seja o branco, e o importado, - pelo fato de se supor que é tão bom que não foi encontrado nenhum nacional que o substituísse -, seja o tinto, pois é regra antiga, como dito acima, que, quanto à sucessão, se serve primeiro os piores vinhos e depois os melhores.

4. O Champagne pode ser servido com todos os pratos da refeição: o chamapagne seco tanto como aperitivo como para acompanhar o primeiro prato e o prato principal, e o champagne meio seco (demi-sec) para a sobremesa.

5. Vinhos rosados podem acompanhar tanto os pratos que pedem vinho branco quanto os que pedem vinho tinto, na suposição de que o vinho rosado escolhido representa uma mescla das propriedades dos dois vinhos. Como tal fusão de propriedades é na realidade difícil de acontecer, na verdade apenas quanto ao aspecto visual ficarão neutralizadas as regras de combinação e sucessão. Isto não é admissível em uma recepção, almoço ou jantar formais.

6. O vinho branco seco é normalmente servido com peixes e ostras, e com as carnes brancas em geral, como carne de vitela, porco e frango. Carnes brancas que sejam produto de caça, no entanto, pedem vinho tinto.

7. O vinho tinto seco é normalmente servido com carnes vermelhas (carne de gado) e com carnes brancas de animais de caça (marreco, lebre, etc.).

8. Os vinhos doces (preferencialmente os meio-doce ou demi-sec, após a parte salgada da refeição completa) acompanham a sobremesa.

9. O vinho do Porto vai bem tanto com a sobremesa quanto com o prato de queijos, que intermedia entre os pratos salgados e a sobremesa.

Créditos à: Gabriel Zingo

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A Viagem

Já fazia mais de 3 anos que não íamos a praia, não me sentia segura em levar um bebê a Praia, ainda mais o meu que é loirinho dos pés a cabeça. Morro de medo (sim, tenho pavor) de ficar com marcas vermelhas horrorosas pelo corpo, sentir o ardor quando se deita na cama e quando a pele esta escamando, meu Senhor!
            O lugar escolhido por meu excelentíssimo esposo foi o litoral norte de São Paulo, indicação do meu cunhado que passara por lá uma vez e adorou. Juquehy Praia Hotel, que foi eleito 1º lugar da Região, no guia Quatro Rodas. “Grandes coisas” Olhei na Net e achei lindo o lugar, foi ai que me deparei que andava um pouco “desfalcada” de biquínis, praticamente nada. Tiramos uma tarde deliciosa de passeio, eu e meu esposo, para comprar o que estava faltando. E, por mais incrível que pareça, ele calmamente me acompanhou. Digo isso porque ele tem fobia de sair de casa para fazer compras.
            Renovado a gaveta de biquínis, faço as malas, e muitas! Não conheço o lugar, o clima e também, claro, o estilo que as pessoas estarão usando. Duas malas enormes e mais um “bocado” de malas pequenas para ficar cinco dias na Praia, sem contar a sacola enorme de bloqueadores solar, comprei vários e levei todos, inclusive os que já tinha em casa.
            Considerei uma viajem longa, mais de nove horas na estrada, fazia tempo que não fazíamos uma viajem assim de carro. E gastamos quase cem reais só de pedágio, maldita taxa que se paga para transitar, porem, felizmente um mal necessário. Saímos cedinho, umas seis da manhã e chegamos bem no horário, exatamente as três da tarde.
            Inevitável não notar a beleza que este Brasil tem, muito verde, verde por todos os lados, fazendas e mais fazendas, plantações a “perder de vista”. E cruzando pelo caminho, caminhões que transportavam desde mamão, mandioca, têxtil, produtos tóxicos à gigantescas peças que terá um destino longo e fará certamente parte de alguma construção monstruosa.
            Quando estávamos passando por São Paulo, de “cara”, avistamos barracos de todos os tipos nos morros e a cada pequeno metro quadrado sobre o teto, parabólicas e caixas d’água. E meu esposo comentou: _Tem muitas pessoas que dizem morar em São Paulo, se “vangloriando” por estar morando aqui, mas em quais condições será? Concluí o pensamento dele, reforçando-o e inclui que apesar de muitas dessas pessoas estarem morando em algo que diria não chegar a ter um metro quadrado não é tão lastimável assim, o difícil deve ser morar em um lugar que não tem o mínimo de saneamento básico, pois em lugares como este simplesmente não existe ou não funciona direito. Em contra partida a cada quilômetro que percorríamos, placas e mais placas avisando àqueles que por ali transitavam que o governo de São Paulo investiu mais de 6 bilhões, isso mesmo, 6 bilhões de reais destinados para a construção do trecho Sul, 61,4 km de extensão, que incluiu a construção da rodovia, desapropriações, reassentamentos e compensações ambientais. E, lembrando, que logo depois de passarmos por ele, teve pedágio também.
            Chegamos em São Sebastião, Praia de Juquey (que quer dizer areias cantantes), conhecida como a jóia do Litoral Norte de São Paulo, caracteriza-se pelo ambiente familiar e descontraído. A praia, extensa, tem areia branca e águas muito claras. As montanhas compõem um cenário de muito verde e se prolongam até o mar, emoldurando a praia. Juquehy também desenvolveu vida própria, pela sua distância do Centro de São Sebastião. No bairro ainda vivem muitos caiçaras e pescadores, mas que acabaram ficando afastados da praia (e muitos, pobres!) com a especulação imobiliária.
            A Praia é calma, tranquila, assim como estava o Hotel. O serviço do Hotel, achei excelente e havia, na sua maioria, estrangeiros, várias famílias americanas, também tinham alemães e outros tantos falando em espanhol.
            Conheci uma família americana muito simpática, quer dizer, só a mulher falava com a gente, o esposo totalmente “jacu”, ou como poderia dizer, “na dele”. As crianças eram lindas e tinham praticamente a mesma idade de meu filho, foi por isso que se deu o nosso contato. Alias, quase todas as famílias que estavam hospedadas, tinham crianças e todas elas não chegavam a ter mais de 10 anos. Era fácil de saber quem era quem, os americanos vestiam seus filhos com roupas de mergulho dos pés a cabeça para não se queimarem, já os alemães, além de se comunicarem aos gritos, estavam vermelhos igual pimentão e não saiam por nada da praia. Os espanhóis faziam o tipo “não quero sair do lugar”, pois nunca os via fora, nem na praia, nem na piscina, sempre vestidos circulando pelos corredores dos quartos ou no restaurante.
            Os Brasileiros, com exceção de nós e de alguns poucos, traziam suas babás para cuidarem de suas crianças, seus lindos e malcriados filhos, e não pude deixar de notar que todas as babás eram, coincidentemente, negras, isso mesmo, cheguei a perguntar no hotel se era um serviço que o hotel tinha pois achei incrível famílias virem de lugares diferentes e trazerem suas babás de uniforme branco, e, notavelmente negras. Cada criança tinha seu computador de mão, com jogos do tipo “mortal combat” e o pais separados de seus filhos, a mãe praticamente não víamos, estes, com seus iPad’s de ponta, e seja no restaurante ou na beira da praia, não davam sequer uma palavra entre eles. Que sirva de lição para mim, podemos ter acesso a toda esta tecnologia, mas não podemos esquecer de ver, conversar e estar com nossos filhos em “carne e osso”, principalmente em momentos como este.
            Colocamos nossa armadura dos pés a cabeça (protetor solar) e íamos para a praia aproveitar o sol que se mostrou irradiante o dia todo. Acompanhei meu filhote até a Praia e fiz questão de lhe apresentar o mar. _Quanta “ága” mamãe! Olha! Olha! Ele disse. Maravilhado com o que estava vendo e eu mais ainda por estar presenciando meu filho feliz em ver o mar pela primeira vez. Mas, ficou, logo depois um tanto quanto assustado com toda essa imensidão que é o mar, que mais tarde não chegava nem perto.
            Muitas brincadeiras, de pega-pega, de futebol, na piscina ou de enterrar seus preciosos cavalos na areia, (levou simplesmente 15 cavalos para garantir sua diversão) logo, com tantas atividades, dormia por lá mesmo, debruçado em uma cadeira. Adormecia estando a “milanesa” como dizia meu esposo, pois a areia colava em sua pele por causa de todo aquele protetor.
            Outra coisa que me fez pensar muito foi observar as pessoas mais velhas, e pensei: _É, daqui para frente nosso destino é só envelhecer. Dura realidade, que todos nós já sabemos que vamos passar. E, ao contrário do que venho pensado incansavelmente em casa, aqui na praia, senti que meu corpo não esta tão fora de forma. Estou apenas um pouco acima de meu peso ideal, assim como meu esposo também está. Velhos prazeres de hábitos alimentares inadequados. Muitas mulheres jovens fora de forma com seus filhos e dando a impressão (algumas) que esqueceram de cuidar do corpo depois que se tornaram mães. Pensei em parar com minhas caminhadas matinais, mas acho que não é o momento, preciso continuar e digo mais, preciso aumentar meu ritmo.
            A reflexão aqui sobre o fato de envelhecer é justamente, como vamos envelhecer, envelheceremos de maneira saudável ou deixamos o desleixo nos consumir? Os obesos aqui, não saiam do lugar, sempre e o tempo todo: pai, mãe e filhos, comendo freneticamente alguma coisa. Os magros fazendo corridas intermináveis... e, por ai vai. Era claro como o sol saber de quem tinha hábitos bons e quem tinha hábitos “não muito bons”, nós estávamos no meio termo. Vi uma senhora sozinha na piscina de maiô, com uma fisionomia entristecida e cansada, devia ter entre 55 e 65 anos, com uma imensa dificuldade em se locomover, aonde parava, lá ficava. Notei que ela observava também, não nós, mas senhoras que provavelmente tinha a mesma idade da sua. Senhoras estas bem vestidas, que andavam livremente para todos os lados, corriam atrás de seus netos inquietos e com uma saúde invejável até a mim que pensava: _Se eu não levar a sério meus hábitos alimentares com qual me parecerei? A senhora que estava imóvel, por varias horas, devia ter mais ou menos seus 1,60 m e seu corpo simplesmente era enorme da cintura para cima e desproporcional da cintura para baixo, pernas finíssimas e enrugadas.

Não sei porque estou relatando tudo isso aqui, mas acredito que aquela senhora não cuidou da saúde quando jovem, ou desde jovem. Carrego meus pensamentos com tudo isso e venho a me preocupar que devo, ou melhor, devemos (isso inclui meu marido) “acordar para vida”. Acordar para vida e vivê-la. Meu esposo, em uma noite ao jantar, disse: _Se eu viver até os 70 anos com saúde e poder ter a oportunidade de viajar pelo menos uma vez por ano, ainda vou conhecer provavelmente uns quarenta lugares. Então eu disse: _Somos o que comemos. Tenho imensa vontade de conhecer também muitos lugares, Estados Unidos e Europa provavelmente estará em um desses passeios que faremos juntos. Mas, o melhor a fazer agora, que temos nosso “bambino” ainda pequeno, é ficar por aqui mesmo e esperar ele crescer um pouco mais.
            Não levei, além das muitas roupas, absolutamente nada para ler, fiquei tão inquieta em não ter nada para fazer que no segundo dia fomos a Livraria, encontramos uma bem “bacaninha” vizinha de vários restaurantes convidativos que encontramos pelo caminho, próximo ao Hotel. De cara perguntei se tinha Sudoku, que amo preencher, depois, ainda não sei porquê, (talvez por causa da propaganda do filme) senti uma vontade enorme de ler o Livro Comer Rezar e Amar, senti que este combinaria perfeitamente por eu estar fora de casa. E quando estava pagando por estas minhas duas aquisições, que já iriam me deixar bastante ocupada, li a capa de um outro que fiquei bastante curiosa, 3096 dias NATASCHA KAMPUSCH _A impressionante história da garota que ficou em cativeiro durante oito anos, em um dos seqüestros mais longos de que se tem notícia. Comprei também e assim que terminar o primeiro, ele será meu segundo.
Feliz em saber que não ficaria mais ociosa iniciei minha leitura e entre dar atenção ao meu “filhote”, que, do nada, ficou praticamente um dia inteiro com febre e sem sairmos do quarto o dia todo, o livro realmente veio a calhar. Mas, como eu tinha levado o meu Kit Farmacinha, logo, ele melhorou e voltamos a aproveitar o restantes dos dias.
 Os pratos servidos no Restaurante do Hotel eram maravilhosos. De frente para o mar e a noite, servido a luz de velas e contrariando este ambiente bastante convidativo, para se pedir algo que tivesse frutos do mar, eu pedi carne, Filé Mignon ao molho de amora foi eleito o meu preferido. Pratos respeitosamente lindos e incrivelmente deliciosos. A única coisa que não apreciei muito foram os Coquetéis, definitivamente já experimentei melhores.
            Alguns hóspedes que conheci me relataram que não era a primeira vez que vinham a Juquehy, por adorarem o lugar, e, o Hotel, pelo bom atendimento que oferecem. Eu concordo, não tenho certeza se retornarei, assim que tiver uma nova oportunidade pretendo conhecer outro lugar, mas certamente, assim como fez meu cunhado indicando para nós, eu indicarei para outros.
            Meu marido diz que estou ficando louca em escrever tudo isso e publicar _Quem vai ler? Não importa se terá alguém que vá ler isso tudo. Para mim, está fazendo uma enorme importância, pois sei que preciso melhorar muito minha escrita. Um dia chego lá. Mas já percebo que estou adorando fazer isso e que está me fazendo muito bem. E como meu sogro sempre diz, “o saber não ocupa espaço na cabeça”. E ponto final. Ah, voltei para casa com uma mala inteira sem usar, sequer uma pecinha de roupa.