domingo, 10 de outubro de 2010

O Beija - Flor

O beija-flor, beija a fina flor.
Que desbota toda a sua cor.
Se alimentando do seu doce mel.
A flor não é livre se está presa ao chão.
Ela se encanta e canta,
Pois o beija- flor leva o seu pólem e a faz livre.
Um dia a flor perguntou ao beija flor:
O que era a liberdade.
Ele respondeu:
A liberdade é uma pequena flor.
Frágil e sem cor...
A liberdade é incolor.
Tem a cor que você desejar.
Para quem acha que ela é dotada de incrível beleza,
Idealizada pelo homem, a perde,
Caindo no esquecimento que liberdade é como o vento.
Não se vê, se sente...

Para quem busca grandeza ou riqueza.
Vaidade ou nobreza.
Não vê a verdadeira beleza.
Esquece que a liberdade não é presa a ouro ou prata.
A liberdade voa.
Nem amor de verdade, prende a liberdade.
O que sufoca a liberdade é a compaixão.
Que afoga e deixa sem ação.
O que mata a liberdade,
São as grades invisíveis do coração.
Então digo ao meu beija-flor:
Seja livre em tua cor.
Não temas o envelhecimento da flor.
Outras surgirão.
Continue o teu trabalho com paixão.
Está é a lei da vida.
O tempo passa e não para.
O sorriso de hoje é a lagrima de amanhã.
Não se troca uma vida por outra vida.
Vida é para se somar.
Amar com liberdade é uma rara capacidade.
Seja livre em tua cor, sem dor, sem culpa.
Sem desculpas.
Seja como o vento,
Nunca olhe para trás.
Seja feliz, pois quem lhe amar,
Ao vê-lo partir,
Com lagrimas irá regar.
Solo infértil e dele nascerá,
Novas flores na esperança de você voltar.
Livre e faceiro...
Com asas coloridas de beijar- flor
E quem sabe de novo me beijar...
Jamais volte por compaixão...
Jamais volte se não for ao menos por paixão.

Fernanda Cristina Gonçalves Sorrentini

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